sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Papel dos pais




Até a década de 50, os papéis sociais eram definidos com bastante clareza. A idéia sobre o que significa ser homem ou mulher, o que se esperava de um pai ou uma mãe , qual a função do professor, por exemplo, era compartilhada pela maioria das pessoas. Da mesma forma, a estrutura familiar era entendida por meio de uma única configuração: a formada pelo pai, mães e filhos.
Foi a partir da década 60 que significativas mudanças sociais, políticas, econômicas, da moral e dos costumes tornaram-se mais nítidas, e os papéis sociais , antes rigidamente conceituados e limitados, poassaram a ter mais relatividade, transformarem-se, ganharam elasticidade. Junto com esse ganho , entretanto, surgiram problemas, e um dos mais complexos , a afetar diretamente a família, foi a confusão sobre sua estrutura e a respeito das atribuições e das expectativas do que significa ser homem e mulher, pai ou mãe. A solidão social, na prática de educação familiar, foi apenas uma das consequências dessas mudanças. Os pais ficaram sem referências.
Apesar de tantas mudanças e transformações , os pais mantiveram um anseio:o de ser bons pais. O problema é que foi confundido com superproteção, não exercendo a autoridade. Não é possível ser perfeito: pais se enganam, erram, falham. Todo pai sabe disso por antecipação, tanto que já começa a experiência da paternidade ou maternidade sentindo culpa. Culpa, que muitas vezes, servem como justificativas para que os pais declinem os seus papéis.
Entretanto, se no lugar da culpa os pais assumirem a responsabilidade, se torna mais evidente sobre o papel a desempenhar: o de direcionamento, transmissão de experiência de vida, fazer escolhas para o filho enquanto não tiver condições de ser autônomo- e respeitar e obedecer aos pais. É aprendendo a obedecer os pais que o filho aprende a ter autocontrole.
É com os pais que o filho aprende as primeiras lições para tornar-se uma pessoa apta para viver em comunidade. E esse aprendizado ocorre principalmente por meio da afetividade.
É este o papel dos pais: acompanhar com afeto, os primeiros passos que o filho dá em direção a vida. Com firmeza, acolhimento, apoio, e quando necessário oferecer resistência ao que o filho quer impor. Alías, se alguém tem que impor algo na relação pai e filhos, este alguém é o pai e/ou a mãe.
Papel de pai é árduo, complexo, delicado, principalmente no mundo atual, em que a criança está sujeita a tantas interferências que os pais consideram negativas. Mas os pais não devem desanimar, nem se esquivar de cumprir a obrigação que criaram quando tiveram seus filhos.


livro: Como educar meu filho? Roselly Sayão.
Psicóloga Cintia Cabeça França.  http://psicocintia.blogspot.com/

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